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domingo, 30 de janeiro de 2011

Mochilão Argentina, Chile e Peru [II]


Depois de poucas horas de sono no hostal em Salta, fomos para o terminal aguardar o ônibus até San Pedro de Atacama. Embarcamos as 07h. No caminho, perto da cidade de San Salvador de Jujuy, muitas pessoas ficavam nas margens da rodovia aguardando os carros do Dakar passarem. Passamos pela localidade Purmamarca, aos pés da Serra das Sete Cores, que são algumas colinas vermelhas, verdes, roxas... enfim, as cores são 7! :B
          Depois de algumas horas de viagem e um pouco de afliação ao passar ao lado dos abismos dos Andes ao subir a cadeia de montanhas, chegamos ao posto de fronteira chamado Paso de Jama, na fronteira da Argentina com o Chile. Tudo estava muito lotado devido ao Rally Dakar e ficamos cerca de três horas aguardando. O maior problema disso - ao menos para mim - foi o fato de Paso de Jama estar a 4300 metros acima do nível do mar. Logo, eu, que não estava acostumado com a altitude, fiquei um pouco mal. Mas tudo bem, horas mais tarde seria apresentado à (praticamente santa) coca! Aí tudo correu tranquilamente, fiquei de boa! Enquanto não provava aquela que no es muy rica, pero ayuda, as impressões do Atacama foram marcantes. É um local muito, mas muito mais desolado e vasto do que se imagina. Mais algumas horas de viagens e teríamos o privilégio de ver o vulcão Licancabur pela primeira vez. Impõem respeito, estes vulcões...
          Quando desembarcamos em San Pedro de Atacama, tivemos de passar todo nosso equipamento em uma máquina de raio-x. Já era tarde, mas só então pudemos ir atrás de um hostal. Sempre procurando pela rua Caracoles - que, segundo meu guia de viagem, que ainda tinha comigo nesta época, era a principal do povoado -, encontramos o Hostal Lomas Sanchez. O preço estava meio salgado, mas depois de ficarmos sem mais opções e conseguir a proeza de um desconto no Chile, mesmo que mínimo, pagamos por um quarto triplo. E valeu a pena! Ganhei um mate de coca e o quarto era excelente. Dormimos bem e no outro dia pela manhã saímos para conhecer a cidade e comprar passagens para Arica, nossa próxima parada. A cidade é pequena, mas muito aconchegante. O clima, apesar de quente, é seco e tem um vento que faz diminuir a sensação térmica, tornando tudo muito agradável. Depois de pedir informação fomos até a agência da TurBus, tentar comprar as passagens. A princípio, haviam vagas no ônibus. Tudo tranquilo. Voltamos para trocar dólares por pesos chilenos e tomar café no hostal. Quando retornamos à TurBus, tudo já estava vendido! A solução só veio depois de muita espera em frente a agência da Frontera Del Norte: compramos passagens até Calama, e de lá até Arica.
          Este trecho foi cansativo demais. Fizemos a noite, chegando em Arica as 06h da manhã. Quase não consegui dormir na viagem: havia um gato miando e uma criança que não parava de berrar. Na cidade de Arica tivemos de pagar para usar o banheiro da rodoviária e depois procurar um táxi para cruzarmos a fronteira com o Peru.

Continua.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mochilão Argentina, Chile e Peru [I]


A primeira ideia que se transforma em realidade! Sim, nossa viagem por três países da América Latina. Depois de cinco meses de planejamento, pesquisas e leituras, partimos (no caso, Eu, Pietro e Fábio), de mochilas nas costas, para Cusco, no Peru. O objetivo principal era caminhar os quatro dias da Trilha Inca, até as ruínas de Machu Picchu. Conseguimos. Quero agradecer aos meus parceiros de viagem pela insistência e colaboração para alcançarmos este sonho.
          Tudo começou em 03 de Janeiro, quando pegamos um ônibus em Puerto Iguazu, na Argentina. Partimos as 21:00h e chegamos em San Miguel de Tucuman quando o relógio já apontava além das 19h do dia 04. Havíamos comprado as passagens do trecho Tucuman-Salta com antecedência, e deveríamos estar na rodoviária as 19:30h. Porém, o ônibus resolveu dar um passeio por uma espécie de oficina na entrada de Tucuman. O cara que atendia aos passageiros pulou lá pra fora enquanto o ônibus estava parado e foi fazer sabe lá Deus o que. Aí tive de aguentar uns brasileiros: Milton, vá lá ver por que estamos demorando... Milton, peça pro motorista pra ir rápido... No final, deu tudo certo. Chegamos em Salta a meia-noite, mortos de cansaço e de fome. Compramos alguns sanduíches no terminal e encontramos um senhor que nos levou até o hostal La Reyna; tomamos um banho e tivemos quatro horas de sono antes de pegar o ônibus que nos levaria Andes acima.

Continua.