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sábado, 25 de junho de 2011

02:13 a.m.

Quantas sensações o frio da noite ainda traz. Minha alma mergulha, lenta e profundamente no seu ser; por distração qualquer sua mão rouba meu coração inteiro; arranca-o de uma vez só e o toma para si. Restam-me as lembranças do seu pulsar: batidas no vazio que reverberam em cada centímetro do meu corpo e afundam aquele espírito ainda mais. Pergunto-me se, por pelo menos um dia, impelirá minha vida outra vez.
          Não há defesa para tal ataque. Aqueles olhos negros têm sua magia. Rendo-me, exatamente como fiz e como faço ao toque dos teus lábios. Ah, que grande pesar leva para longe a minha paz! Algumas dúvidas cheias de lágrimas não são suficientes? Perdoe-me, claro, mas bem sabe que o coração já não é mais meu e anda distante daqui. Corre louco decerto, frenético e ansioso, mas sem que possa trazê-lo de volta.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Inverno do Coração

Entre sorrisos de conveniência e boas conversas com os amigos, sempre há uma memória que salta no ar, dançando naquele seu ritmo de saudade. Não ouso fitá-la por muito tempo, ainda não; baixo os olhos, continuo o assunto, tento disfarçar e sinto o vinho descer quente pela garganta para desfazer o nó deixado pelas lembranças.
          Mas a memória é persistente, viva demais para ser ignorada. Sua melodia me envolve e tento manter o controle. A alma tampouco suporta aquela música e me cobra explicações. Será que não tenho mais paz?
          Busco a felicidade noutros lugares e tudo me leva pensar que simplesmente a perdi, junto, quem sabe, com aquele amor. Me encontro perdido em pensamentos, topando com um ou outro fragmento de ti no frio das noites. Acho que amores jurados não duram tanto assim. Deve ser quase novembro, mas ainda faz inverno no meu coração.