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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Mochilão Argentina, Chile e Peru [III]


Logo que entramos no terminal de táxis encontramos a senhora Angela, que pilotaria nosso táxi até Tacna. Entramos no táxi e esperamos tudo ficar pronto. Depois que saímos pudemos ver o Oceano Pacífico. A cidade de Arica fica na divisa com o Peru, e de lá seguiríamos para a cidade de Tacna, do outro lado da fronteira. No Peru tem-se uma diferença de 2 horas a menos com relação ao Chile (-3 com o Brasil), e, portanto, quando chegamos no posto de fronteira de Tacna foi necessário aguardar algum tempo até que este abrisse. Depois de todos os trâmites alfandegários concluídos, seguimos viagem por uma paisagem desolada. Contudo, no caminho havia muitas pequenas casas, feitas de tijolos de cimento e cobertas com uma espécie de palha. Perguntei à Angela o que aquilo, e fiquei sabendo que estes são o equivalente do nosso MST. E, sim, eles invadem aquele lugar para agricultura.
          Chegamos no terminal de Tacna muito cedo, e logo fomos trocar alguns dólares por Nuevos Soles; tudo isso com a companhia da taxista que insistia em nos ajudar. Fomos até a parte superior do terminal para tomar café. E lá ficamos ouvindo ela dizer que no Peru tudo é muito perigoso, para tomar um cuidado extremo, etc. Passado algum tempo um homem vem e fala algo com ela; os dois trocam algumas palavras e ela nos olha e diz: "já estão seguindo vocês". Que ótimo! Depois ela nos levou até uma agência de viagem e pediu que ficássemos lá dentro, aguardando o ônibus. Compramos passagens para Arequipa, e de lá para Cusco. Também já conseguimos reservar um hostal em Cusco. Depois de passar alguma apreensão com Angela, concluímos que ela queria assegurar que comprássemos passagens numa companhia que lhe desse um pagamento por ter nos levado até lá. Lições.
          Seguimos para la ciudad blanca de Arequipa ao meio-dia com o apertado ônibus da empresa Flores. Foi uma viagem também muito cansativa e cheia de paradas. A estrada neste trajeto era muito bem conservada, mas dava medo. Cortamos montanhas e passamos por abismos. A paisagem, ainda bem, compensou tudo isso: haviam vales muito bonitos e, chegando à Arequipa, tivemos a primeira visto do vulcão El Misti. Simplesmente fantástico! É diferente de tudo o que já vi; muito maior que em fotos ou qualquer outra coisa. Já na cidade, fomos deixados no terminal desta empresa Flores, e de lá tivemos de atravessar correndo uma caótica avenida para chegarmos no terminal correto, onde mais tarde embarcaríamos para Cusco. Este outro terminal era uma loucura. Gente pra tudo quanto é lado, atendentes gritando, filas e mais filas para qualquer coisa... Comemos alguns sanduíches e depois pagamos para enfrentar outra fila no banheiro. E o bom destes banheiros é que você paga (1 nuevo sol, no caso) e ganha 40 centímetros de papel higiênico! :D
          Depois de muita espera e uma Coca-Cola, finalmente chegou nosso ônibus! Deixamos nossas coisas aonde se vendem os bilhetes da empresa CIVA - que foi a empresa que nos transportou no trajeto Arequipa-Cusco - e entramos no ônibus. Maldita hora! Me arrependo de não ter ficado conferindo se minha bagagem realmente era embarcada no ônibus. Descobriria mais tarde, na outra manhã, já em Cusco, que minha mochila tinha ido embora para muito, muito longe, e nunca mais seria vista.

Continua.

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